Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer -
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra.
Ninguém sabe que coisa quere.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
Análise:
Este poema apresenta três recursos estilísticos :
-anáfora (verso 7, 8, 9 , 11, e 12);
- personificação (verso 4);
-antítese (verso 3);
O verso nº 10 reprezenta uma expressão de inquietação formulada pelo sujeito poético, espécie de premonição de que algo está para acontecer.
Simbologia - O nevoeiro remete simultaneamente para a noite e para a escuridão que é ver "Portugal a entristecer" e para a esperança de D.Sebastião.
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