Muitas
vezes associamos a nossa própria imagem a algo completamente irreal e
impensável. Pensamos e temos uma ideia de nós próprios, que nem nós mesmos
sabemos porque a temos. Possivelmente porque interpretamos as nossas acções e
achamos que elas se aproximam, adequam ou simplesmente são reflexos de
sentimentos como a alegria, o amor ou a amizade por alguém.
Mas, de um momento para o outro, toda a imagem que
temos de nós próprios se destrói. Parece que à nossa frente se abriu um enorme
buraco ou precipício, parece que a nossa vida acabará ali e que não mais
seremos nós mesmos...
Chega a parecer que já não
mais poderemos ser nós mesmos como um todo, mas que apenas conseguimos sentir
alegria com amor ou amor com alegria, que só conseguimos sentir uma emoção ao
mesmo tempo.
Resumidamente,
não podemos que elementos exteriores nos fragilizem e que nos deixem dividir
em fragmentos de nós mesmos. Temos de manter a nossa própria integridade mesmo
que isso pareça impossível. Mas, não é por termos perdido um pouco de nós que
nos podemos "dar ao luxo" de perder o resto que nos pertence.
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