São utilizadas numerosas figuras de estilo como
metáforas, comparações, antíteses, hipérboles, etc. Mas destaca-se a ironia
através da qual o narrador faz críticas sobretudo ao rei e ao clero. Há também
ironia nas discrições do auto-de-fé ou das procissões. Os registos de língua
utilizados variam entre a linguagem cuidada, complexa, literária e a linguagem
familiar e até popular (adequada as personagens do povo).
As frases são extensas, próximas do discurso oral ou
traduzindo o interior das personagens.
Há muitas enumerações, polissíndetos e paralelismos.
A pontuação e o aspecto mais invulgar na obra de
Saramago. São apenas utilizadas o ponto final e a vírgula. Não a pontos de
interrogação, nem de exclamação e os diálogos não são assinalados com dois
pontos e travessão.
A pontuação (ou a sua
ausência) é um dos contributos mais importantes para a originalidade da obra.
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