quinta-feira, 24 de maio de 2012

Reflexão sobre Fernando Pessoa


Muitas vezes associamos a nossa própria imagem a algo completamente irreal e impensável. Pensamos e temos uma ideia de nós próprios, que nem nós mesmos sabemos porque a temos. Possivelmente porque interpretamos as nossas acções e achamos que elas se aproximam, adequam ou simplesmente são reflexos de sentimentos como a alegria, o amor ou a amizade por alguém.
Mas, de um momento para o outro, toda a imagem que temos de nós próprios se destrói. Parece que à nossa frente se abriu um enorme buraco ou precipício, parece que a nossa vida acabará ali e que não mais seremos nós mesmos...

Chega a parecer que já não mais poderemos ser nós mesmos como um todo, mas que apenas conseguimos sentir alegria com amor ou amor com alegria, que só conseguimos sentir uma emoção ao mesmo tempo.
Passamos a ser uma pessoa "aos bocados" e mesmo que tentemos juntar aqueles pedaços de nós mesmos, isso parece inalcançável. Somos forçados a ser quem não somos, por algo que faz parte de nós
Resumidamente, não podemos que elementos exteriores nos fragilizem e que nos deixem dividir em fragmentos de nós mesmos. Temos de manter a nossa própria integridade mesmo que isso pareça impossível. Mas, não é por termos perdido um pouco de nós que nos podemos "dar ao luxo" de perder o resto que nos pertence.




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