quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Biografia e Bibliografia de Almeida Garrett - Mod 7



Quem foi?
João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett nasceu no Porto em 1799 e faleceu em Lisboa em 1854 . Em 1809 partiu para a ilha Terceira devido às invasões francesas.
A vida
Na infância recebeu uma formação religiosa e clássica.
Concluiu o curso de Direito em Coimbra, onde aderiu aos ideais do liberalismo.
Em 1823, após a subida ao poder dos absolutistas, é obrigado a exilar-se em Inglaterra onde inicia o estudo do romantismo (inglês), movimento artístico-literário então já dominante na Europa.
Regressa em 1826 e passa a participar na vida política; mas tem de exilar-se novamente em Inglaterra em 1828, depois da contra-revolução de D. Miguel.
Em 1832, na Ilha Terceira, incorpora-se no exército liberal de D. Pedro IV e participa no cerco do Porto.
Exerceu funções diplomáticas em Londres, em Paris e em Bruxelas. Após a Revolução de Setembro (1836) foi Inspector-geral dos Teatros e fundou o Conservatório de Arte Dramática e o Teatro Nacional.
Com a ditadura cabralista (1842), Garrett é posto à margem da política e inicia o período mais fecundo da sua produção literária. Durante a Regeneração (1851) recebe o título de visconde e é nomeado Ministro dos Negócios Estrangeiros.

A Obra
Tem o grande mérito de ser o introdutor do Romantismo em Portugal ao nível da criação textual - processo que iniciou com os poemas Camões  (1825) e D. Branca  (1826).
Ainda no domínio da poesia são de destacar o Romanceiro  (recolha de poesias de tradição popular cujo 1.º volume sai em 1843), Flores sem Fruto  (1845) e a obra-prima da poesia romântica portuguesa Folhas Caídas  (1853) que nos dá um novo lirismo amoroso.
Na prosa, saliente-se O Arco de Sant’Ana  (1.º vol. em 1845 e 2.º em 1851), romance histórico, e principalmente as suas célebres Viagens na Minha Terra  (1846). Com este livro, a crítica considera iniciada a prosa moderna em Portugal.
E quanto ao teatro, deve mencionar-se Um Auto de Gil Vicente  (1838), O Alfageme de Santarém  (1841) e sobretudo o famoso drama Frei Luís de Sousa  (1844).

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